No meu caso, odeio admitir, isso ocorre quando eu gosto de alguem, digo gostar no sentido romantico da palavra. Quando eu gosto, eu confio, logo, perco o chão. Ser desconfiada e esperar o pior das pessoas é facil, pelo menos funciona pra mim; desde que adotei essa atitude, me decepcionei muito menos com as pessoas. Mas e quando você espera o pior de alguem e essa pessoa só te da o bom, não vacila, não desaponta (mesmo que você não estivesse esperando nada). Sempre que você pensa "ah, vai furar" ou "ah, obvio que não vai" a pessoa não fura, a pessoa aparece. Eu sei, que essas coisas são coisas pequenas, mas, ao meu ver, são as coisas pequenas que demonstram o carater e o respeito da pessoa por você.... e ai vc começa a confiar... e ter expectativas e é ai que tudo vai por agua abaixo... pelo menos para mim. Eu, quando decido confiar, me entregar, fico a merce da pessoa, fico parecendo cachorro de rua, que abana o rabo pra qualquer migalha e qualquer passo forte eu me assusto e corro... fico muito assustada quando confio, ja tive doenças muito fortes que minhas defesas demoraram meses para se recuperar e apesar de ter aprendido muito, amadurecido, ainda dói muito, são feridas que não cicatrizaram direito, estão fechadas, sim, e para sempre, mas ainda doem, doem para me lembrar que o que aconteceu, não foi a toa e me manter com os pés no chão.
O problema é que quando decido confiar, é como se eu decidisse ignorar a dor, não que ela não exista e que as inseguranças não perdurem, mas eu prefiro olhar alem e investir em algo que acredito valer a pena. Tem aqueles que se mostram ser dignos do esforço, aqueles que se mostram companheiros e leais... aqueles que falham, não que tenha algo errado nisso, pessoas são pessoas e pessoas falham, uns mais outros menos, mas todos falhamos, e é nessas pessoas que estão as melhores companhias, pois, o imperfeito é bom, brigar e superar é bom, ter opniões diferentes é bom... o que importa no fim, ao menos para mim, é a lealdade e o carinho que se forma,em cada confidencia, em cada briga, em cada lagrima e em cada riso.
Não sei se estou certa, pois me machuca muito e por isso tenho tanto medo de largar as redeas e perder o controle (de algo, que diga-se de passagem, nunca possui) pois as minhas "vacinas" emocionais não me deixam esquecer, mas estou realmente tentando, abrir meu peito, dar meu carinho e me preparar para a dor que pode vir... e o maximo que eu posso fazer é esperar, esperar que minha imunidade esteja forte, bem forte, quando esse virus chegar em mim.
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